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GALERIA THEODORO BRAGA, O INICIO NO TEATRO DA PAZ
“Um novo e moderno espaço destinado às artes em Belém”. Assim era anunciada e aguardada a Galeria Theodoro Braga – GTB, criada através de decreto assinado pelo governador do Estado Aloysio Chaves no dia 11 de março de 1977, em comemoração ao seu segundo ano de mandato. A nova galeria, que seria instalada aos fundos do Theatro da Paz, foi inaugurada no dia 15 de março daquele ano, com o objetivo de atender antigas demandas dos artistas e do público da cidade, necessitados há tempos de um espaço maior e mais adequado para as artes plásticas e, ao mesmo tempo, surgia como homenagem a um dos maiores artistas plásticos do Pará.
A Galeria Theodoro Braga, considerada a segunda galeria pública de arte na Belém daqueles anos, ao lado da Galeria Ângelus – também instalada no Theatro da Paz, no foyer, desde a década de 1960 –, e bem mais confortável que esta, possuía uma notável estrutura física, com 176 metros quadrados divididos em três salas de exposições, sala de estar, sala de armazenamento de obras, bar, estribo, além de ter um moderno sistema de ar condicionado e de música ambiente. Foi pensado como espaço destinado à realização de grandes e importantes exposições, para sediar palestras e atuando como uma espécie de “ponto de encontro das gentes e das coisas de arte no Pará.” A exposição inaugural da Galeria Theodoro Braga foi "13 artistas paraenses", entre os quais João Pinto e José Moraes Rêgo. (Fonte: A Província do Pará, Belém: terça-feira, dia 15 de março de 1977, 2º caderno, pag. 3.)
Entre 1977 e 1985, a Galeria Theodoro Braga abrigou diversas exposições de artistas locais, nacionais e internacionais, entre as quais podemos destacar as individuais de: Waldemar da Costa, Waldir Sarubi, João Pinto, Benedicto Mello, Osmar Pinheiro Jr., José Moraes Rêgo, Ronaldo Moraes Rêgo, Jocatos, Lassance Maya, Aluísio Carvão, Luiz Braga, Genésio Teles, Manoel Pastana, Bené Fonteles, Emmanuel Nassar, Dina Oliveira, dentre outros. Após esse período, a galeria foi fechada para abrigar setores administrativos do Teatro da Paz. No ano seguinte, 1986, momento de mudanças políticas — saída do governo militar para o governo eleito por votos diretos — foi inaugurado um novo complexo cultural, o CENTUR (que mais tarde se tornaria a Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves e posteriormente, em 2015, Fundação Cultural do Estado do Pará), para o qual foi feita sua transferência em definitivo. A Galeria Theodoro Braga começou a compor este complexo em 1986, tendo como primeira mostra a exposição de pinturas do artista plástico Leônidas Monte.
A GALERIA THEODORO BRAGA NO CENTUR - 1986
A Galeria Theodoro Braga foi instalada no subsolo desse complexo cultural, tendo como sua primeira exposição uma retrospectiva de obras do pintor paraense Leônidas Monte (1905-1970). Com uma área de 216 metros quadrados, a Galeria Theodoro Braga dispõe de duas sala de exposições, área administrativa, sala de acervo técnico, copa e sala de oficinas e palestras.
Desde sua inauguração, diversos artistas locais, nacionais e estrangeiros, entre veteranos e jovens criadores, expuseram trabalhos na Galeria Theodoro Braga. Profissionais como Emanuel franco, Sérgio Mello, Tadeu Lobato, Fafá Pinheiro, Nando Lima, Tamara Saré, Fabize Muinhos, Carmem Macêdo, George Venturieri, João Cirilo, Eliane Moura e Guilherme Teixeira, atuaram como gestores da Galeria ao longo desse período. Assim, a Galeria Theodoro Braga constitui-se, ainda hoje, como um dos mais importantes espaços culturais do cenário artístico de Belém, sua missão consiste em estudar, incentivar, dar visibilidade e difundir a arte paraense e brasileira, tornando-a acessível ao maior número de pessoas possível.
O ACERVO DA GALERIA THEODORO BRAGA/FCP
O acervo da Galeria Theodoro Braga é constituído por doações dos artistas que nela expuseram ao longo da sua história. Parte destas obras foram incorporadas ao SIM (Sistema Integrado de Museus). Hoje, a reserva técnica da GTB/FCP abriga obras de artistas regionais, nacionais e internacionais, tais como Antar Rohit, Orlando Maneschy, Miguel Chikaoka, Eisaburo Mori e Jean Yves Gallard, reunidos num patrimônio que inclui objetos, instalações, aquarelas, fotografias, vídeos entre outras técnicas da arte contemporânea.